sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Acto de amor

No seu rosto procuro,
Numa noite fria,
No meu leito a tomo,
Seus lábios quentes,
De seu rosto a alvura.

Sua boca num desejo,
Seus lábios lhe beijo,
Seus lóbulos mordisco,
Em suas orelhas arrisco,
Um sussurro lendo.

Seu nariz acaricio,
Em seu rosto macio,
Seus seios percorro,
Em busca de socorro,
Túmidos lhes tacteio.

Em suas mãos vagueio,
Meus dedos desnudos,
Entre eles me enlaceio,
Meus ouvidos surdos,
Meus lábios desmudos.

Com meu mango tenso,
O seu vulcão busco,
Em sua toca denso,
Penetro escondo,
Na fonte do Graal procuro.

Para o sémen verter,
No cálice sagrado,
O mango espreme,
O suco se recolhe,
Com todo o prazer.

A nos ser dado,
Até ficarmos prostrados,
Para serem gerados,
As flores do amor,
Como um fruto a crescer.

No seu alvor,
Quando as flores caírem,
O fruto se vai colher,
Do vente sagrado,
O pomo do amor,
O filho desejado.

Autor
José António Paiva
Sande, Vila Nova, 01 Fevereiro 2008

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